SOLLA PROPÕE CRIAÇÃO DE CONDOMÍNIO HOSPITALAR

A ideia é fazer um núcleo com diversos serviços de saúde 

Os pacientes com câncer de Feira de Santana e região agora podem comemorar. O Acelerador Linear de última geração adquirido em parceria entre Governo do Estado e Ministério da Saúde custou cerca de R$ 9 milhões, já está sendo instalado no Hospital Dom Pedro de Alcântara e estará disponível para atendimento a partir de junho, conforme informou o secretário estadual de Saúde Jorge Solla durante sua reunião realizada na Santa Casa de Misericórdia, na manhã desta sexta-feira (20). O objetivo principal foi discutir criação de um condomínio hospitalar no local, onde se agrupem diversos tipos de serviços médicos.

Além do início do atendimento de radioterapia, Solla também anunciou que a Bahia está adquirindo mais seis equipamentos iguais ao que já está sendo instalado na cidade.

O deputado estadual e líder do Governo na Assembleia Legislativa da Bahia, Zé Neto, responsável pela iniciativa de chegar à cidade o equipamento de radioterapia que atenderá à população através do Sistema Único de Saúde (SUS), afirmou ter solicitado que um dos seis novos equipamentos seja para Feira de Santana, assim, a cidade passará a ter dois.

Acompanharam a visita a sub-secretária de Desenvolvimento e Integração Regional, Eliana Boaventura; o deputado estadual José de Arimatéia; o vereador feirense Angelo Almeida; e diversos profissionais da área da saúde de Feira de Santana.

Reunião com Jorge Solla, Zé Neto e diretoria da Santa Casa gera resultados

Após conhecer a sala onde está sendo instalado o Acelerador Linear e visitar outras dependências do hospital, o secretário Jorge Solla, juntamente com o deputado Zé Neto, reuniu-se com o provedor da Santa Casa de Misericórdia, Outran Borges; a diretora do HDPA, Sandra Peggy e os médicos José Antonio Barbosa, Washington Almeida, André Almeida, André Guimarães e Gileno Pereira para ouvir necessidades técnicas da unidade e buscar soluções imediatas.

Zé Neto garantiu que não medirá esforços para que o Dom Pedro, hospital no qual ele nasceu, tenha pleno atendimento e passe a contar com novos serviços, além dos recentes: cardiologia e radioterapia.

Outran Borges ressaltou que a unidade é uma entidade filantrópica e que precisa da continuidade do apoio do Estado. “O Governo do Estado tem sido nosso grande parceiro e tem nos atendido, na sua possibilidade, com grandes investimentos, como foi a vinda do Acelerador Linear para tratamento de radioterapia”, disse. Outran apresentou questões técnicas da unidade hospitalar que precisam de reforço. Em resposta, Solla afirmou que buscará mais recursos para ampliar os serviços e assistência aos pacientes.


Novo Perfil

A diretora Sandra Peggi chamou a atenção para a necessidade de um ordenamento de gestão no hospital. “Há três anos o Dom Pedro tornou-se unidade de média e alta complexidade e não podemos continuar atendendo pacientes com uma simples topada ou uma dor de cabeça, já que as policlínicas dos bairros foram feitas para isto. O que está faltando é uma educação por parte da população e também o efetivo atendimento e melhor direcionamento nessas unidades de baixa complexidade, para que o Dom Pedro possa atender plenamente os seus pacientes-alvo, que possuem problemas de saúde mais complexos,” indicou.

Como resultado da reunião, o secretário Solla propôs que a diretoria da Santa Casa elabore um novo modelo de gestão para que seja criado um condomínio hospitalar naquela área, ou seja, um centro de saúde com diversas especialidades para trabalhar em sincronia e melhorar o atendimento. “Embora eu tenha compromisso marcado para o mesmo horário (Saúde em Movimento em Conceição da Feira), não poderia deixar de atender a solicitação do deputado Zé Neto em vir ouvir vocês. É muito gratificante ver o que nós planejamos sendo realizado (instalação do equipamento de radioterapia). E para chegarmos a um atendimento 100% satisfatório, proponho a criação de um condomínio hospitalar aqui, até porque quando temos um paciente oncológico ou cardíaco, este precisará de outros serviços, seja da área de esterilização, cirúrgica ou clínico”, explicou.

Atendimento a gestantes

Sobre o atendimento obstétrico, o deputado Zé Neto disse que só no Dom Pedro são cerca de 300 partos/mês das pacientes de Feira e região, o que aponta a necessidade de um novo centro cirúrgico. Zé Neto reforçou que o serviço de obstetrícia deve ser compartilhado com o município a fim de que as gestantes consigam dar à luz com dignidade e tranquilidade. Outran Borges confirmou: Se não houver coparticipação, não adianta.

Jorge Solla afirmou estar tomando providências quanto à questão das gestantes. “Nós estamos ampliando a contratação de profissionais e o Hospital Geral Clériston Andrade terá mais quatro médicos obstetras. Vamos ter uma nova reunião na próxima semana e esperamos contar com a presença do secretário municipal de Saúde, Getúlio Barbosa. A ideia é que o Hospital Municipal possa ampliar o atendimento, não só em oferta própria, mas também fazer com que o município contrate oferta no setor privado (convênio). A quantidade de pacientes parturientes é grande e precisamos aumentar a oferta”, pontuou.


Unidade de Pronto-Atendimento (UPA)

O Secretário Estadual da Saúde também contou como está o processo da instalação da Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) na cidade. “A UPA de Feira já está sendo construída num terreno entre o Hospital Estadual da Criança e o Hospital Geral Clériston Andrade. A previsão é que a obra seja concluída entre seis e oito meses. No total, são 50 UPA’s em todo o estado entre as que já estão em pleno funcionamento, as que estão em fase de construção e as que serão construídas.”

SAMU 192

Sobre o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), Jorge Solla disse que depende de cada município regionalizar a assistência. Solla lembrou que a partir de 2007, com o apoio do governador Jaques Wagner e do Ministério da Saúde, o SAMU está chegando a todos os pontos do estado, sendo que nas regiões norte e oeste, 100% dos municípios – que antes eram esquecidos – agora possuem cobertura do SAMU. Nas demais regiões, estão perto da totalidade de assistência.

FONTE: FABIANA ANDRADE